Caso Sterfany: veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre a morte de bebê de 1 ano e 7 meses em Anapurus, no MA

Sterfany Ravena Gomes da Silva, de apenas 1 ano e 7 meses, morreu após ser agredida violentamente na cabeça, no município de Anapurus, a 276 km de São Luís. O crime aconteceu no dia 4 de março deste ano.

A mãe da vítima, Maria de Jesus da Silva Nascimento, foi presa na manhã de segunda-feira (24) pelo crime de omissão, e o padrasto da criança, Dalvan Correia Vieira, já está preso suspeito de feminicídio. Ambos foram indiciados no caso.

O inquérito policial sobre a morte da menina reuniu um conjunto de provas que confirmam que a criança foi submetida a diversos episódios de agressões e maus-tratos por parte do padrasto, com a omissão deliberada da mãe, resultando em sua morte.

Qual a causa da morte?

Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) identificaram múltiplas lesões na criança, especialmente na região frontal e posterior da cabeça, bem como lesão e hemorragia cerebral, causadas por instrumento contundente. A causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.

Segundo o delegado Jesimiel Alves, titular da Delegacia Regional de Chapadinha, após os laudos ficou descartada a hipótese de acidente doméstico, comprovando-se que se tratou de um homicídio cruel e violento, precedido de uma rotina de tortura e maus-tratos.

Segundo a polícia, a vítima já possuía um histórico de atendimentos médicos anteriores por supostas quedas.

Quem são os suspeitos?

Dalvan Correia Vieira, padrasto de Sterfany, foi preso em flagrante no dia 4 de março sob suspeita de feminicídio. A mãe da criança, Maria de Jesus da Silva Nascimento, foi indiciada em 13 de março e presa preventivamente na manhã de segunda-feira (24), pelo crime de omissão. A audiência de custódia deve acontecer ainda nesta terça-feira (25). 

O que diz as investigações?

O inquérito policial sobre a morte da vítima foi conduzido pela 3ª Delegacia Regional de Chapadinha, que concluiu as investigações, reunindo um conjunto de provas que confirmam que a criança foi submetida a diversos episódios de agressões e maus-tratos por parte do padrasto, com a omissão deliberada da mãe, resultando em sua morte.

O que falta esclarecer?

Ainda não se sabe, exatamente, o que foi usado para matar a criança. De acordo com o delegado Jesimiel Alves, há uma perícia pendente que deve identificar o provável objeto utilizado no feminicídio. Ele afirmou que, possivelmente, o instrumento usado tenha sido um pedaço de ripa, mas a confirmação dependerá dos resultados da perícia.

Outro ponto ainda ser esclarecido é a motivação do crime.

Por Marcus Cidreira, g1 MA* — São Luís