Elianderson garantiu sua vaga na final depois de superar três etapas de avaliação. O processo incluiu uma prova escrita, a apresentação em vídeo de seu trabalho pedagógico e uma entrevista com a banca avaliadora, que contou com a participação do professor Cristovam Buarque, membro do Conselho Acadêmico da OPMBr.
“Minha relação com as olimpíadas começou ainda na escola. Participei das olimpíadas de Matemática e conquistei medalha de ouro. Desde então, meu interesse só cresceu. Hoje, procuro transmitir conhecimento aos meus alunos, aplicando metodologias ativas, promovendo competições e estimulando sua participação”, afirmou o docente.
Segundo Adauto Caldara, integrante do Conselho Gestor da Olimpíada, cerca de 1,2 mil professores de todo o país participaram da edição deste ano. Entre os 40 finalistas estão representantes de estados como Amapá, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Piauí e Ceará.
Os 20 professores premiados com a medalha de ouro terão direito a um intercâmbio técnico e cultural de 15 dias em Xangai, na China, previsto para maio de 2026. Durante a viagem, visitarão o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco), na Universidade Normal de Xangai, referência internacional em ensino de Matemática.
Nesta edição, o número de premiados dobrou, passando de 10 para 20, devido à qualidade dos trabalhos finalistas e à parceria com a Shanghai Normal University. “Nosso objetivo é valorizar e reconhecer práticas bem-sucedidas no ensino da Matemática, difundir experiências positivas e fortalecer a formação docente. Essa vivência internacional será uma oportunidade única de aprendizado e troca de conhecimento”, ressaltou Caldara.
Após o intercâmbio, os vencedores ministrarão workshops de Matemática em diversas regiões do Brasil, em parceria com o Ministério da Educação, compartilhando métodos e experiências inovadoras.
Criada por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a OPMBr surgiu da preocupação com o desempenho brasileiro no ensino da disciplina. Atualmente, o país ocupa a 65ª posição entre 81 nações avaliadas pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Apesar disso, o Brasil é reconhecido internacionalmente por seus pesquisadores e docentes de alto nível, figurando no grupo de elite da União Matemática Internacional (IMU).
Por oimparcial.com