Samir Xaud é eleito novo presidente da CBF com mandato até 2029

O empresário e médico Samir Xaud foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo (25), em votação realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Candidato único, ele recebeu apoio de 26 federações estaduais e 20 clubes, garantindo sua aclamação para comandar a CBF até 2029, ao lado de oito vices — entre eles, o dirigente maranhense Fernando Sarney, nomeado interventor após o afastamento do ex-presidente Ednaldo Rodrigues.

Mesmo como candidato único, Xaud não teve unanimidade de votos — ao contrário da eleição anterior, que reelegeu Ednaldo com apoio total.

Parte dos clubes que haviam declarado apoio a Reinaldo Carneiro Bastos boicotou a eleição. Nem sequer participaram de forma online, alternativa oferecida pela comissão eleitoral em pleno dia de rodada do Brasileirão. Operário e Santos furaram o boicote e votaram. Já Bragantino e Ferroviária avisaram que iriam, mas não compareceram.

Xaud será empossado ainda neste domingo e assume o comando de uma CBF que, embora tenha registrado R$ 1,5 bilhão em receitas em 2023, enfrenta fraturas políticas profundas.

Série A (10 clubes):
Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco, Vitória

 Série B (10 clubes):
Amazonas, Athletic, Avaí, CRB, Criciúma, Operário, Paysandu, Remo, Vila Nova, Volta Redonda

Quem é Samir Xaud?


Aos 41 anos, Xaud é natural de Boa Vista (RR) e médico infectologista, com especialização em saúde, bem-estar e esportes. É filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol desde os anos 1970. Samir foi eleito recentemente para substituir o pai na entidade, mas deixará o cargo após a vitória na CBF.

Antes da eleição, ele prometeu uma gestão com foco na profissionalização da arbitragem, fortalecimento do futebol feminino e revisão do estatuto da CBF, com mais transparência e representatividade.

Xaud assume em meio a um cenário de instabilidade política e terá como desafio equilibrar os interesses de federações e clubes, além de garantir estabilidade à Seleção Brasileira, que vive a expectativa pela possível chegada do técnico Carlo Ancelotti.

Por imirante