Carro que deu carona a ex-assessor que abandonou veículo com mais de R$ 1 milhão em São Luís é entregue para a Polícia Civil
Na última sexta-feira (23), foi entregue na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), o carro Fit preto, que aparece em imagens de câmera de segurança dando carona para Guilherme Ferreira Teixeira, após ele abandonar o veículo Clio vermelho com R$ 1.109.350,00 no porta-malas, em São Luís, no dia 16 de julho.
O Fit era procurado pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) desde que ele foi visto nas imagens, dando carona para Guilherme. Segundo informações da polícia, divulgadas nesta terça-feira (27), o veículo foi entregue na Seic pelo advogado do médico Antônio Carlos Salim Braide, que é irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD). Na tarde desta terça, o veículo passou por perícia.
De acordo com as investigações, Antônio era quem fazia uso regular do veículo, que está no nome da mãe dele, Antônia Maria Martins Braide, que morreu em outubro de 2010. No entanto, a polícia ainda investiga quem estava conduzindo o Fit no momento em que Guilherme Ferreira recebe a carona.
“É um veículo Fit Honda de cor preta, que foi apresentado na Seic, pelo advogado. Esse veículo foi apreendido e deve ser submetido a algumas perícias e compõe agora os elementos constantes da investigação, que está em curso para determinar a origem ou o destino desse alto valor encontrado no porta-malas desse veículo (Clio vermelho)”,desta o delegado Augusto Barros, titular da Seic.
Ainda segundo o delegado, a investigação sobre o dinheiro abandonado é complexa, mas a polícia já tem dados, que apontam para determinadas pessoas, e que ainda são aguardados resultados de levantamentos de análise de imagens, análises de comunicações, entre outros. Augusto Barros destaca, ainda, que a polícia ainda não conseguiu interrogar nenhum dos envolvidos diretamente no caso.
“Nós não temos nenhum interrogatório feito, nenhuma das pessoas diretamente envolvidas manifestou-se diretamente. As pessoas que compareceram, nós tentamos ouvir, mas permaneceram em silêncio, por orientação de seus advogados. Então é uma investigação que é feita, obviamente, sem esse tipo de prova, que é a prova feita a partir do depoimento dos envolvidos. No entanto, isso não impede a evolução da investigação, que segue seu rumo aguardando resultados oriundos de solicitações diversas. Então, esperamos ter resultados de diligências no decorrer das próximas semanas”, informou o titular da Seic.
Fonte: G1 MA