O que se sabe e o que falta esclarecer sobre prefeito suspeito de matar PM em vaquejada, no MA
O principal suspeito do crime é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que se apresentou à polícia nessa segunda-feira (7).

Um policial militar, identificado como Geidson Thiago da Silva Dos Santos, foi morto a tiros na noite deste domingo (6) durante uma vaquejada realizada na cidade de Trizidela do Vale, a cerca de 280 km de São Luís.
O principal suspeito do crime é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que se apresentou à polícia nesta segunda-feira (7), e foi liberado após prestar depoimento. Ele alegou ter agido em legítima defesa.
Veja, abaixo, tudo o que se sabe sobre o caso:
- Como o crime aconteceu?
- Quem é o suspeito?
- Qual a motivação do crime?
- Por que o suspeito não foi preso em flagrante?
- O que houve com a arma do crime?
- O que falta esclarecer?
O crime aconteceu no domingo (6), durante uma vaquejada realizada na cidade de Trizidela do Vale (MA). De acordo com relatos de testemunhas, durante uma confusão no evento, o prefeito João Vitor Xavier teria sacado uma arma e efetuado disparos contra o policial militar conhecido como "Dos Santos", que estava de folga.
O PM ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital em Pedreiras, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade com mais estrutura. No entanto, ele não resistiu e morreu durante o atendimento. O policial era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar.
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João Vitor Xavier (PDT) é prefeito de Igarapé Grande (MA) — Foto: Reprodução
O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, tem 27 anos, é solteiro, possui ensino médio completo e, durante as Eleições Municipais de 2024, declarou à Justiça Eleitoral a ocupação de estudante, bolsista ou estagiário. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Erlanio Xavier.
Qual a motivação do crime?
Segundo a polícia, o crime ocorreu após uma confusão iniciada pelo fato de o policial ter pedido para o prefeito reduzir a luz dos faróis do carro, porque a luz forte estaria incomodando as pessoas no local da vaquejada.Por que o suspeito não foi preso em flagrante?
Segundo o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, como João Vitor se apresentou espontaneamente, ele não foi preso em flagrante, e a PC-MA tem agora dez dias para finalizar o inquérito e solicitar o pedido de prisão preventiva dentro deste prazo. Por ser prefeito, João Vitor Xavier possui o foro privilegiado, ou seja, deverá ser julgado em tribunais superiores em vez de instâncias judiciais comuns.
O que houve com a arma do crime?
De acordo com o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, a arma usada no crime ainda não foi entregue à polícia, que ainda tenta encontrá-la. Em depoimento, o prefeito teria dito que havia "se livrado" da arma e que ele não possui autorização para portá-la.
O que falta esclarecer?
A polícia trabalha com a suspeita de que o prefeito efetuou os disparos quando o policial virava as costas. Imagens de câmera da segurança ainda estão sendo analisadas e passarão por perícia.
"Foram cerca de cinco tiros. Provavelmente todos pelas costas. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de Timon para perícia", afirmou o delegado, ao g1.
Por g1 MA — São Luís