Padrasto preso por matar enteado autista de 14 anos diz que vítima estava 'causando problemas em casa'

Jovem tinha 14 anos e morreu com um golpe de faca no pescoço, em Arari. Autor do crime foi preso e alegou legítima defesa, mas a polícia desconfia da versão.

Após confessar que matou o próprio enteado com um golpe de faca no pescoço, o padrasto afirmou a polícia que ele estava 'causando problemas em casa', e em seguida alegou legítima defesa.

O caso veio à tona na última quarta-feira (10), quando o corpo do adolescente, de 14 anos, foi encontrado em uma área alagada do povoado Cedro, na zona rural de Arari, com um corte profundo no pescoço.

O principal suspeito é o padrasto, que foi preso dois dias após o crime. O nome dele, no entanto, não foi informado pela polícia, que diz que a vítima tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA) e hiperatividade.

"O padrasto confessou que agiu sozinho. Segundo a versão dele, na noite da terça-feira, ele levou o enteado dele para a zona rural, o povo Cedro, para conversar. Ele diz que o adolescente estava causando muitos problemas em casa em relação à mãe dele. Era um adolescente de 14 anos, ele tinha autismo, hiperatividade, e por isso estava causando alguns problemas. Durante essas conversas, para resolver esse conflito familiar, segundo a versão do padrasto, ele teria avançado contra ele com uma faca. Aí o padrasto desarmou ele e deu um golpe no pescoço. É uma versão que, possivelmente, vai ser alterada", afirmou o delegado Henrique Tanaka, que coordena as investigações do crime.

A Polícia Civil diz ainda que, após o crime, o padrasto voltou ao centro da cidade, participou das buscas pelo adolescente e ainda acusou falsamente dois jovens de envolvimento no desaparecimento.

O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Arari e, em seguida, transferido para a Unidade Prisional de Viana, onde permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil está ouvindo depoimentos para apurar se outras pessoas participaram do crime.

 

Por g1 MA — São Luís