Ex-prefeito, irmã e empresário são presos por desvio de R$ 1 milhão da merenda escolar no MA

Operação 'Prato Feito' foi realizado contra um esquema criminoso que teria acontecido em Godofredo Viana e desviado cerca de R$ 1,3 milhão.

Na manhã desta terça-feira (16), uma operação da Polícia Civil e Ministério Público do Maranhão terminou com a prisão do ex-prefeito, a irmã, e um empresário investigados por desvios de R$ 1,3 milhão de recursos públicos destinados à merenda escolar em Godofredo Viana, a cerca de 206 km de São Luís.

A operação, chamada 'Prato Feito', é um desdobramento das investigações que apontam indícios de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com danos aos cofres públicos e falta de alimentação escolar a crianças da rede pública municipal.

"Era fornecidas notas frias, sem fornecimento da merenda escolar, e o dinheiro era desviado sem que o objeto 'contratado' fosse entregue, deixando as crianças sem assistência", explicou o promotor de Justiça de Cândido Mendes, Márcio Antonio Alves.

Dinheiro e armas apreendidas em operação contra desvios de dinheiro da merenda escolar de Godofredo Viana — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dinheiro e armas apreendidas em operação contra desvios de dinheiro da merenda escolar de Godofredo Viana — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O principal alvo da operação foi o ex-prefeito de Godofredo Viana, Marcelo Jorge Torres, que foi gestor do município entre 2013 e 2016. Além dele, foram presos:

 

  • Antônio da Conceição Muniz Neto - Empresário responsável pela merenda escolar, que não entregou o produto às crianças, segundo as investigações
  • Gihan Ayoub Jorge Torres - Irmã do ex-prefeito Marcelo Jorge, que foi secretária Municipal de Administração e Finanças.

 

As prisões foram cumpridas em residências localizadas nos bairros Calhau, Olho d’Água e Ponta do Farol, em São Luís. Durante a operação, foram apreendidos cinco veículos, joias, dinheiro em espécie, duas armas, além de aparelhos celulares que serão usados para aprofundar as investigações.

 

Por g1 MA — São Luís