Ferrovia paralela à ponte entre o Maranhão e Tocantins não teve estrutura impactada pelo desabamento, diz empresa

O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226 entre o Maranhão e o Tocantins, não afetou o trecho da ferrovia norte-sul que fica ao lado da estrutura. A informação foi confirmada pela empresa VLI, responsável pela linha férrea.

O acidente aconteceu na tarde de domingo (22) e deixou pessoas mortas e desaparecidas. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal.

Sobre a ponte ferroviária paralela à estrutura que desabou entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), a VLI afirmou que realizou uma inspeção preventiva e que não constatou nenhum tipo de impacto na estrutura. Por isso está permitido a continuidade do tráfego.

A empresa ainda reforçou que mesmo sendo perto da ponte JK, a ferrovia não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos por representar risco de morte. A ponte ferroviária atende somente o trânsito de locomotivas e vagões de carga.

A empresa pública federal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, informou que a VLI disse ter feito uma inspeção na ponte ferroviária da região e indicou que a estrutura não foi comprometida e que a segurança está mantida. A empresa ainda solicitou uma outra análise mais aprofundada à VLI, que tem um prazo de 10 dias para entregar o documento oficial.

Nota da VLI

A VLI, responsável pela linha férrea, lamenta o acontecimento e manifesta novamente sua solidariedade às famílias e amigos das vítimas.

Após o fato, a companhia realizou uma inspeção preventiva na ponte ferroviária localizada nas proximidades, não tendo sido constatado nenhum tipo de impacto na estrutura, o que permite a continuidade do tráfego de composições em segurança.

A VLI também alerta que, a despeito da proximidade, a ponte ferroviária não pode e não deve ser usada como alternativa para o trânsito de pessoas e veículos rodoviários de qualquer natureza, visto que sua estrutura e configuração não atendem a tal finalidade.

O uso da ponte ferroviária para finalidades outras que não o trânsito de locomotivas e vagões de carga representa risco de vida.

Nota da Infra S.A.

Diante do recente acontecimento da ponte rodoviária, no estado Tocantins, an Infra S.A. entrou em contato com a VLI, subconcessionária da ferrovia naquela região e responsável pela manutenção estrutural e conservação da ponte ferroviária. A empresa informou que uma inspeção foi feita após o ocorrido no domingo, indicando que a estrutura não foi comprometida e a segurança está mantida.

A Infra S.A. formalizou um pedido de análise mais aprofundada à subconcessionária que tem um prazo de dez dias para entregar o documento oficial.

Chega a 8 o número de mortes confirmadas

Mergulhadores localizaram, na manhã desta quinta-feira (26), mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins. Agora, chega a 8 o número de mortes confirmadas e 9 pessoas seguem desaparecidas. A informação foi confirmada pela Marinha do Brasil, durante coletiva de imprensa.

Não há informações sobre a identidade das últimas duas vítimas encontradas, pois os corpos ainda não foram retirados da água. Além de localizar duas pessoas mortas, os mergulhadores também localizaram um caminhão, que estava carregado de ácido sulfúrico, uma moto e uma caminhonete, que estão submersos nas águas do Rio Tocantins.

Tanques de caminhões

Nesta quinta-feira (26) o supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Caco Graça, confirmou que os tanques dos três caminhões que caíram no Rio Tocantins, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas, estão intactos e o risco de vazamento e contaminação do meio ambiental é mínimo.

“O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu, os tanques estão intactos, a partir da visão do sonar da Marinha e, também, das equipes técnicas (da Sema), que identificaram isso”, afirmou Caco Graça.

Fonte: Imirante