Uma nova data de lançamento não foi divulgada. O período deve ser informado somente após uma definição entre as autoridades brasileiras e a empresa sul-coreana.
O problema foi corrigido com a troca de componentes do foguete e a data foi remarcada para a sexta-feira (19).
Nesta sexta-feira, o horário de lançamento estava previsto para as 15h34, mas foi alterado para as 17h devido ao tempo nublado em Alcântara. O horário foi alterado novamente para as 21h, após ser identificado um problema no fornecimento de energia elétrica em solo no local de lançamento.
O que acontece agora? ❓
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Foguete sul-coreano HANBIT-Nano posicionado na plataforma de lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão — Foto: Força Aérea Brasileira (FAB)
A janela de lançamento do foguete — período em que ele pode ser lançado — segue aberta até o dia 22 de dezembro de 2026. Caso até essa data o foguete não seja lançado, uma nova janela de lançamento deve ser informada.
O período deve ser definido entre a empresa responsável pelo foguete, a Força Aérea Brasileira e a Agência Espacial Brasileira. As datas devem considerar condições climáticas favoráveis para o lançamento.
Conheça o HANBIT-Nano
O HANBIT-Nano é capaz de atingir a atmosfera e chegar ao espaço em até três minutos, tem 21,9 metros de altura, pesa 20 toneladas e possui 1,4 metro de diâmetro (veja mais detalhes abaixo). Em sua trajetória até a órbita da Terra, ele pode chegar a 30 mil km/h.
Em números simplificados, ele equivale à altura de um prédio de sete andares, pode voar até 30 vezes mais rápido que um avião comercial e tem peso semelhante ao de quatro elefantes africanos.
Batizada de Spaceward, a missão envolve um trabalho coordenado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB). O objetivo é levar ao espaço cinco satélites e três dispositivos que auxiliarão pesquisas em mais de cinco áreas, desenvolvidas por instituições do Brasil e da Índia.
🔭 Quando lançado, o foguete HANBIT-Nano poderá ser visto a olho nu dos céus de Alcântara (MA) e em parte do litoral de São Luís (MA).
Se bem-sucedido, o lançamento pode representar um avanço do Brasil rumo ao mercado global de lançamentos espaciais. A compensação monetária paga pela Innospace ao governo brasileiro para a missão não foi informada.
Ao g1, a Agência Espacial Brasileira (AEB) informou que a Innospace firmou um acordo de prestação de serviços pelo valor mínimo de retribuição ao Estado com o Governo Brasileiro. Essa modalidade não prevê lucro.
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Arte: Como é o foguete HANBIT-Nano — Foto: Arte/g1
Nova fase
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Foguete HANBIT-Nano será lançado neste sábado (22) no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão — Foto: INNOSPACE
A Operação Spaceward, que vai lançar o HANBIT-Nano, marca o início de uma nova era do Programa Espacial Brasileiro. O foguete pode inserir o Brasil no mercado global espacial, contribuir na melhora da tecnologia dos dispositivos espaciais e atrair novos investimentos estrangeiros, alavancando o Programa Espacial Brasileiro.
A abertura da base ao mercado de lançamento de foguetes comerciais em Alcântara começou a se tornar possível devido a um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado pelos governos brasileiro e dos EUA, em 2019.
Pelo acordo, dispositivos desenvolvidos com tecnologia norte-americana e por empresas privadas autorizadas por ele poderiam ser lançados de Alcântara, e o Brasil ficaria habilitado a receber uma compensação monetária.
Isso porque são os EUA que produzem grande parte dos componentes presentes em foguetes lançados no mundo. Porém, os norte-americanos não autorizam esses dispositivos a serem lançados por países nos quais eles não possuem acordos na área espacial. Com a assinatura, em 2019, o processo foi simplificado.
"Antigamente não era proibido, mas para cada lançamento que você fizesse, precisava de uma autorização especial. Agora, é muito mais fácil", explicou Marco Antonio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB).
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Arte: Por que Alcântara? — Foto: Arte/g1