Morte de jovem acusado de crime sexual em São Luís: o que se sabe até agora
Márcio Victor estava desaparecido desde 8 de outubro; causa da morte será confirmada por laudos do IML.
O corpo de jovem acusado de crime sexual, identificado como Márcio Victor Carvalho Ferreira, de 20 anos, foi encontrado na última sexta-feira (10), em uma área de mata na Travessa Tancredo Neves, bairro Jardim Tropical II, em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. Ele estava desaparecido desde o dia 8 de outubro.
Segundo informações da família, Márcio Victor havia se mudado recentemente para a Estrada da Mata, também no município, onde vivia com a namorada. O corpo foi localizado três dias após o desaparecimento.
Apesar de rumores sobre degolamento e carbonização, o delegado George Marques, titular da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), afirmou que essas informações não procedem. A causa exata da morte será determinada pelos laudos do Instituto Médico Legal (IML).
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informa que o corpo encontrado não possuía indícios de carbonização ou degola. A perícia em local de crime identificou lesões por arma de fogo e espancamento. A confirmação da causa do óbito, contudo, só pode ser afirmada após a conclusão do laudo cadavérico.
Histórico criminal do jovem
Márcio Victor foi preso em flagrante no dia 24 de outubro de 2024, após ejacular nas costas de uma vendedora em uma loja de roupas infantis na Avenida São Marçal, bairro João Paulo, em São Luís. O crime foi registrado por câmeras de segurança.
Segundo o relato da vítima, o jovem se passou por cliente, alegando procurar roupas para crianças. Após o ato, saiu dizendo que iria ao caixa eletrônico. A polícia o prendeu no mesmo dia, e ele foi autuado por estupro, conforme previsto na legislação para atos libidinosos sem consentimento.
Durante o depoimento, Márcio confessou o crime e afirmou ter participado de um “desafio” em um grupo virtual que incentivava violência contra mulheres e animais. A Polícia Civil investigou o grupo e possíveis envolvidos.
Decisões judiciais e medidas protetivas
Após a prisão em flagrante, Márcio Victor recebeu liberdade provisória por ser réu primário e não representar risco imediato às investigações. Em 26 de novembro, a Justiça determinou sua prisão preventiva, mas ele voltou a ser solto posteriormente.
A vítima solicitou medidas protetivas, mas o pedido foi negado por não haver vínculo familiar ou afetivo com o acusado, conforme exigência da Lei Maria da Penha.
Investigação em andamento
A Polícia Civil do Maranhão, por meio da SHPP, está investigando o caso. Equipes estiveram no local onde o corpo foi encontrado para realizar os primeiros levantamentos. Até o momento, a autoria e a motivação do crime permanecem desconhecidas.
“Há a suspeita realmente que tenha sido facção em razão do suposto estupro. Mas não podemos descartar nada”, afirmou o delegado George Marques.
Imirante.com